Sexto livro do escritor português Luis Miguel Rocha e quarto inspirado no universo da Igreja Católica, A Filha do Papa chega ao Brasil em março, pela Editora Jangada. O título está sendo lançado simultaneamente na Espanha e na Itália.
A história se inicia com o rapto do jovem padre Niklas - crime que une novamente o agente do Vaticano, Rafael e a jornalista Sarah - protagonistas das tramas anteriores da série, com a missão de desvendar quem está por trás do sequestro – o evento é apenas o início de uma grande conspiração.
Polêmico como os outros títulos do escritor - primeiro autor português a ingressar na lista dos mais vendidos do New York Times - o livro funde os protagonistas da ficção a personagens reais para abordar a relação de mais de quarenta anos entre o Papa Pio XII e a freira Pasqualina - segundo o autor, uma das mulheres mais importantes da Igreja Católica.
Escândalos
A obra aborda a beatificação do Papa que não teria se realizado até hoje sob o argumento de tratar-se de um pontífice anti-semita, fiel a Hitler. Entretanto, segundo o autor, Pio XII sempre foi solidário e amoroso. Estima-se que suas ações salvaram mais de 800 mil judeus e, além disso, segundo o autor, o religioso sequer conheceu o Führer.
Para o autor, o verdadeiro motivo que impediu a beatificação do Papa Pio XII foi a existência de Pasqualina, uma mulher fascinante, a frente de seu tempo. A convivência longa, a cumplicidade, o caso de amor que, segundo o autor, teria resultado no nascimento da filha do casal – hoje com 80 anos – todos esses fatores somados, de acordo com a obra, despertaram ciúmes em alguns cardeais.
A Filha do Papa traz à tona alguns escândalos da igreja católica: os filhos de padres e freiras – que não devem ser condenados - as lavagens de dinheiro do Banco do Vaticano, instituição idealizada pela própria freira Pasqualina para ajudar os pobres, órfãos e doentes. Explora os trâmites dos misteriosos processos de canonização e outras questões.
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